Eu e você já ouvimos por aí hoje:
“Pênalti é loteria”…
Deixa eu ver se entendi:
Só para efeito de exemplos práticos e recentes:
Um time, o Flamengo, vence as últimas sete disputas de pênaltis consecutivas… SETE SEGUIDAS!
E pênalti… É loteria?!
Outro time, o Fluminense, perde suas últimas quatro disputas consecutivas… QUATRO SEGUIDAS!
E pênalti… É loteria?!!
Experimente jogar uma moeda para o alto sete vezes. Veja se ela vai cair sete vezes do mesmo lado. Pode acontecer, mas vai demorar muuuuito… Horas… Dias, talvez. Para o mesmo lado sair quatro vezes consecutivas vai demorar menos, claro. Mas também é uma sequência muito improvável.
Porque cara-ou-coroa depende APENAS de sorte. E a tendência é que os dois lados saiam na mesma proporção, aleatoriamente.
Como já vimos, não é o caso dos pênaltis.
Não precisa ser estatístico, matemático, matemágico ou catedrático em futebol para enxergar o óbvio:
Disputas de pênaltis têm o componente sorte como um dos ingredientes. Mas ela, a sorte, é coadjuvante numa combinação que tem, na competência técnica e equilíbrio psicológico, seus dois protagonistas.
Batedores que batem melhor certamente têm mais chance de converter. Cobradores mais experientes ou menos vulneráveis aos nervos têm menos chance de chutar nas nuvens. Goleiros mais competentes têm muito mais possibilidades de agarrar a batida, ou intimidar o batedor.
Parece lógico até demais… E é.
Um be-a-bá que serve para Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Fluminense, Vasco, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético… Enfim, não tem distinção. Pênalti é competência.
Uma verdade óbvia, necessária e cansativa de ser lembrada.
Mas se eu, você e todos nós nos livrarmos de ouvir a balela da loteria, já terá valido a pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário