sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Você gosta de trilhas ? Venham então conhecer novos lugares conosco e se apaixonar....

   Reportagem Aventura sobre rodas
Por André Albuquerque
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

















Não se admire se algum dia você estiver na estrada, viajando para alguma cidade do Interior do Estado, e algumas pessoas passarem ao seu lado pedalando em uma bicicleta, no meio da mata que fica nos limites da pista. Ou se em algum momento você olhar para cima de um morro e encontrar as sombras de vários ciclistas tentando chegar ao ponto mais alto. Essas pessoas são advogados, médicos, engenheiros, oficiais de justiça, psicólogos, professores, empresários e vários outros profissionais, de todas as idades, que adotaram a trilha como esporte e estilo de vida. Todos se tornam iguais em cima da bicicleta. Para eles não importa o cansaço, a distância, se está chovendo ou fazendo sol, se o percurso é fácil e rápido ou longo e perigoso. Para os amantes do pedal, o que interessa mesmo é se divertir, curtir a natureza e conhecer lugares que nunca pensaram em estar durante toda a vida.

A trilha de bicicleta é um dos esportes que mais ganha adeptos em Pernambuco.Atualmente existem vários grupos que saem todos os finais de semana para explorar novas trilhas ou refazer um caminho já conhecido, mas que reserva surpresas a cada nova pedalada.



Foto: Cansadus/Divulgação


Foto: Patrícia Brasil/Arquivo pessoal
“Sempre que vamos pedalar na mesma rota conhecemos algo novo que não tínhamos visto no caminho. Uma trilha nunca será a mesma, pois em todas as oportunidades de refazer um percurso a natureza nos proporciona algo surpreendente”, afirmou a coordenadora do grupo Pedal Clube, a psicóloga Rosaly Almeida, de 44 anos de idade e 4 anos de pedalada.

Alguns locais são bastante conhecidos e explorados pelos ciclistas trilheiros. Cidades como Gravatá, Aldeia, Pombos, Igarassú (Manjope), Porto de Galinhas, Tamandaré, Bonança, Jucazinho e a Mata de Brennand sempre recebem os atletas nos finais de semana. Porém o principal desafio sempre é conhecer um local ‘virgem’ para vencer novos desafios.

“Ando todos os sábados, há quatro anos e meio, e já conheci muitos lugares. Porém quero fazer a trilha que vai de São Caetano a Caruaru e o percurso de Bonito. Sei que são excelentes locais para pedalar e espero um dia ter oportunidade. Todo mundo que faz trilha gosta de conhecer locais novos para ter um contato maior com a realidade das pessoas que moram no meio da natureza e até mesmo testar nossos limites”, comentou a oficial de justiça Patrícia Brasil, de 28 anos, que participa do grupo Cansadus.

Mas o contato com a natureza e a prática esportiva são apenas alguns dos ingredientes que levam as pessoas a participarem das trilhas em bicicleta. Vários ciclistas entram nos grupos de trilheiros em busca de um convívio social, de uma namorada ou namorado, de um momento de fuga dos problemas diários ou até mesmo para perder peso.

“Acho que o mais difícil disso tudo é conseguir namorada. Até porque tem pouca mulher na trilha, pois as mulheres parecem ter medo dos desafios, que são muitos. Mas o convívio social é muito grande. Na trilha, todos precisam se ajudar. Se uma bicicleta quebra, um ajuda o outro a consertar. Todos comemos e bebemos juntos ao final do percurso e isso termina criando um vínculo que vai além do pedal. Saímos juntos, conhecemos as famílias um do outro. Isso é uma das coisas mais legais da trilha”, disse Rosaly.

A partir de um objetivo inicial os ciclistas terminam conquistando todos os outros ao mesmo tempo, o que torna o esporte apaixonante e difícil de ser abandonado. “Costumo dizer que quem pedala a primeira vez ou ama e nunca mais deixa, ou odeia e termina vendendo a bicicleta”, disse Rosaly.




Do pedal para o altar


Patrícia Brasil e Gutemberg Alves se conheceram fazendo trilha e terminaram se casando.
Imagem: Patrícia Brasil/Arquivo pessoal
Mesmo com toda a dificuldade para se encontrar um novo namorado ou namorada em cima de uma bicicleta, as trilhas pernambucanas já proporcionaram grandes histórias de amor. Uma delas pode ser contada pela oficial de justiça Patrícia Brasil, de 28 anos, e pelo relações públicas Gutemberg Rodrigues Alves, 28. Os dois se conheceram nas trilhas e terminaram trocando alianças.

A história dos dois começou em janeiro de 2005, quando Patrícia começou a realizar as trilhas. Na época, ela foi convidada por uma amiga para pedalar no meio da mata. “Como sempre gostei de esportes, tinha praticado capoeira, basquete, malhava e já fazia passeios urbanos, aceitei mais um desafio”, afirmou Patrícia.

Nessa primeira trilha, a amiga da oficial de justiça tirou uma foto dela no pós-trilha, momento em que os ciclistas se reúnem para descansar e se alimentar após o percurso concluído, e depois mostrou para Gutemberg.

“Minha amiga foi uma espécie de cupido. De acordo com ela, Guto ficou perguntando quem eu era, se iria continuar pedalando, pediu para me chamar outras vezes. Ai ela ficava falando sobre mim para ele e sobre ele para mim. Ela ficou ‘ajeitando’”, disse, aos risos.

No final de semana seguinte, Patrícia foi novamente para a trilha e Gutemberg aproveitou o momento para ‘chegar junto’. “Ele tinha ido de carro para a trilha e eu fui na van. Na volta ele arrumou um jeito de trocar de lugar e foi comigo. Conversamos um pouco e quando chegamos ao Recife ele me deixou em casa. A partir daí fomos nos falando, começamos a ficar e depois namoramos e casamos”, explicou.

O namoro dos dois ciclistas começou no dia 12 de junho de 2005. Em 8 de março de 2008 eles estavam casados. Detalhe, dois casais de padrinhos do matrimônio também foram amigos conquistados na trilha. “Tenho vários amigos da trilha. Quando participamos dos grupos terminamos desenvolvendo laços de amizades muito fortes. Estamos juntos em festas pessoais, nos barzinhos, na doença e até mesmo quando alguém perde uma pessoa querida. Somos muito unidos”, finalizou Patrícia Brasil



Segurança levada a sério

Se você tem uma bicicleta e está pensando em começar a participar de um grupo de ciclistas de trilhas, saiba que é preciso muito mais do que isso para começar a praticar o esporte. Diferentemente de uma pedalada normal, vários requisitos são necessários para a realização da trilha. A primeira delas é que a bicicleta não é igual as que vemos diariamente nas ruas.

“As bikes de trilha são diferenciadas. Elas são feitas com um material mais leve e que é mais difícil de quebrar. Além disso, os pneus precisam ter cravos e o garfo precisa ter amortecedor. Ao contrário das trilhas urbanas, não é preciso o pisca embaixo da sela”, afirmou o médico cardiologista Frederico Jorge, de 45 anos, que pedala há cinco anos pelo grupo Penabike.

A bicicleta não é o único equipamento necessário para a trilha. O capacete e as luvas são obrigatórios. Mas os ciclistas não saem para a mata sem joelheiras, cotoveleiras, bolsa de ferramentas, kit para remendo de pneus, câmara de ar reserva, alicate, lanterna, jogo de chave ale, bomba de ar e kit de primeiros socorros.


O cardiologista Frederico Jorge não abre mão dos equipamentos de segurança durante a trilha.
Foto: André Albuquerque/DP/D.A Pressl

Observe sempre nossa agenda de próximos passeios que saberá quando e onde terá novas trilhas ok !

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