Na foto acima : Em pé: Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho, Leonardo e Jorginho. Agachados: Bebeto, Renato, Aílton, Zico e Zinho. Time do Flamengo de 1987 só teve um jogador que não passou pela Seleção !
À essa altura, já nem fazia tanta diferença assim.
O título brasileiro de 1987, agora reconhecido oficialmente pela CBF, nunca esteve na galeria física, mas sempre frequentou o bom-senso da cultura popular, acima de paixões clubísticas.
Nunca foi legal. Mas sempre foi legítimo.
A decisão demorou demais. Idas e vindas de uma tal Taça de Bolinhas, atropelamento e morte da ética, desfaçatez dos que rasgaram acordos, tudo se permitiu na longa e injustificada espera.
Mas o reconhecimento oficial tem, pelo menos, um benefício prático: cobre de vergonha aqueles que cinicamente se aproveitaram da situação ambígua para se apropriar de fatos, glórias e símbolos que não lhes pertenciam.
Porque no fundo, todo mundo – até eles – já sabiam.
Com 24 anos de atraso, o Flamengo é declarado hexacampeão do Brasil. É provável que tão cedo não haja taça. Talvez não haja carreata, festa do título ou comemoração até o sol raiar. Mas por toda dificuldade e justiça, bem que merecia.
O Flamengo brigou, lutou e nesta segunda-feira, enfim, teve o reconhecimento do título brasileiro de 1987. A presidente Patrícia Amorim se encontrou com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, na Barra, para formalizar o fim da polêmica questão.
Agora, para a CBF, houve dois campeonatos brasileiros naquele ano, um conquistado pelo Fla, outro pelo Sport. Inter e Guarani são os vices.
- Com o a unificação dos títulos no ano passado, há outros casos de dois campeões no mesmo ano. Foi passado a limpo o futebol brasileiro - disse Ricardo Teixeira, que no ano passado divulgou parecer contundente afirmando que o Flamengo não era o campeão de 1987.
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